Existe a possibilidade de aumento nos salários dos funcionários públicos em 2024, mas o governo federal está ponderando sobre a abordagem a ser adotada. Em vez de aplicar um aumento uniforme para todos, como ocorreu em 2023 com o reajuste linear de 9%, a União está considerando a possibilidade de conceder um reajuste nominal. Isso implicaria em uma porcentagem específica para cada categoria, favorecendo mais os funcionários com salários mais baixos.
Essa ideia está em discussão no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). De acordo com Jose Lopez Feijóo, secretário do MGI, o governo federal está aguardando a confirmação da arrecadação adicional deste ano para determinar o reajuste a ser implementado em 2024, reforçando a posição já manifestada pela ministra do MGI, Esther Dweck.
Na semana passada, durante a primeira reunião de 2024 da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), não houve boas notícias para os funcionários públicos. Representantes de nove ministérios e funcionários públicos iniciaram as discussões deste ano sobre a campanha salarial dos servidores. No entanto, a União oficialmente rejeitou a contraproposta salarial dos trabalhadores, apresentada em duas partes.
A rejeição não foi bem recebida pelos funcionários públicos. Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado, expressou que a paciência dos servidores está se esgotando e considerou inadmissível o governo não apresentar uma proposta concreta.
A retomada das negociações na MNNP era aguardada com expectativa, pois nesse fórum podem ser debatidas questões que não afetam o orçamento, ao contrário das mesas setoriais. As entidades sindicais esperavam que o governo mudasse seu posicionamento em relação à ausência de aumento salarial neste ano.
Entenda a proposta
A contraproposta apresentada no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) inclui dois blocos de recomposição salarial:
Um reajuste de 34,32%, dividido em três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores federais que firmaram acordos por dois anos (2016 e 2017) em 2015.
