O governo federal anunciou um aumento nos salários dos cargos comissionados e nas gratificações da administração pública, visando tornar essas posições mais atrativas. O reajuste será dividido em duas parcelas, a serem aplicadas em janeiro de 2025 e janeiro de 2026, com percentuais que variam de 9% a 30% ao ano, dependendo do cargo. Os maiores aumentos estão destinados à alta administração, com o objetivo de reter profissionais qualificados em funções estratégicas.

Para os ocupantes de cargos como Secretarias-Executivas e Secretarias Especiais (CCE-18), o aumento será significativo. Atualmente, esses servidores recebem R$ 18.887,14 por mês, e, em 2026, o valor passará para R$ 31.919,27, o que representa um aumento total de 69%. Este reajuste é parte de um esforço do governo para ajustar os salários dessas posições, que têm enfrentado dificuldades para atrair e manter talentos.

O projeto de lei que formaliza as alterações será enviado ao Congresso Nacional ainda em outubro. Além dos aumentos salariais, o texto incluirá 45 acordos de reajuste e reestruturação de carreira negociados ao longo de 2024. A proposta abrange seis grupos de servidores, incluindo três da alta administração, funções gerenciais e militares, com aumentos variando de 17% a 30% ao ano, de acordo com o nível hierárquico.

O impacto fiscal do reajuste será de R$ 1,34 bilhão ao longo dos próximos dois anos, com R$ 681,7 milhões previstos para 2025 e R$ 666 milhões para 2026. Esse investimento visa combater a baixa atratividade dos cargos comissionados, um problema que tem dificultado a permanência de profissionais em áreas consideradas críticas para o funcionamento da administração pública.

Com os reajustes, o governo espera que a valorização dessas posições contribua para a manutenção de servidores altamente qualificados, especialmente em setores que desempenham papéis essenciais no desenvolvimento de políticas públicas e na gestão do Estado.